O vento ainda uiva nas serras, corre pelos seus caminhos e acorda os mistérios e segredos que nunca as abandonaram. São as serras portuguesas territórios criativos onde ainda hoje se mostram casinas e telhados de água, fojos do lobo e sanatórios, conhais e neveiros, minas e salinas, moinhos, castelos e capelas, baterias e sumidouros, formas inteligentes de misteriosas histórias que contam as estranhas histórias do homem que com elas sempre soube criar simbioses audazes a partir de muito pouco. O Vento das Sete Serras é um daqueles livros que cartografou as emoções contidas em muitas serranias e trata destas singularidades frágeis dos seres humanos ligados às suas montanhas. Circula deliberadamente por fora das autoestradas e mergulha em utopias sem algoritmos que só não se realizam porque deixámos de acreditar que, tal como as serras, já se tornaram inabitáveis.
Nasceu em Castelo Branco, estudou em Coimbra e vive no Entroncamento, onde é professor de Matemática há alguns anos. Apesar de todas as evidências em contrário, e da conspiração do politicamente correto e global, continua a acreditar que o mundo ainda pode melhorar ligeiramente e que é a educação que melhor pode alimentar essa crença. Participa ou já colaborou assiduamente com diversas publicações nacionais ou regionais, em papel ou eletrónicos, como o Público, Blitz, Abarca, Notícias do Entroncamento e Entroncamentoonline, entre outros. O Vento das Sete Serras é o seu quinto livro.