Não consentindo que alguém decida sobre si, a vida de Armando M. Fernandes sempre foi feita de valores, princípios e de consequências determinadas por escolher o inconformismo, a liberdade de pensar, de escrever e de dar voz às Gentes e às Artes, numa luta pela Educação e Cultura.
Oferecendo ao leitor uma visão contundente e impiedosa de um mundo de privilégios e o seu conhecimento desassombrado das realidades sociais de uma pátria que ama, Armando M. Fernandes apresenta “No Gume da Navalha”, um conjunto de pensamentos (bem afiados, como refere), numa obra polarizada entre uma prosa ácida, irreverente e frontal e lavra poética, perpassando grande sensibilidade e nostalgia.
Vem de um meio rural médio, composto por um núcleo familiar numeroso. De famílias com bases Culturais fortes, tem no Ensino a prioridade. Começa os seus estudos na primária, continuando o seu percurso no seminário. Na grande Lisboa concilia os estudos com o trabalho, como barman nos hotéis mais estrelados de Lisboa, casas de fados e clubes Bar! Levado pelo entusiasmo do jornalismo, inscreve-se e depois de analisado o seu perfil, é admitido na Agência ANI. Muito temperamental, a vida submissa aos horários e os seus donos, tinha de ter fim. E determinado, põe termo a todos os projectos, curso superior e outros e entra no mundo que sempre o fascinou, a noite das mulheres e de boémia. Tendo as aventuras de risco a predominar dentro do seu espaço e sem mandadores, foi contrabandista entre Portugal, Espanha e Andorra. O desporto foi um dos alicerces mais preponderantes da sua vida, permanecendo o Culto diário do karaté. Como a Cidadania foi um para denunciar e dar Vez e Voz às Gentes e às Artes. Hoje continua o seu caminho a escrever e a ler instrumento que nunca abdicou, vendo a sua Pátria vandalizada e saqueada, fundou o Jornal O Arrifana.