Ler "Poemas Vadios" é partir com Joaquim de Matos Pinheiro ao encontro das suas memórias e evocações, das saudades do que perdeu e já não volta, melancólicas viagens resgatadas aos tempos e trilhos do passado. De sóbria e intensa eloquência, o autor faz da sua poesia um lugar de sublimação, janela de arrebatadas emoções e sentimentos que consagra à sua mulher e a cuja memória a obra poética é dedicada.
Neste volume reúne alguma da sua poesia, responde por uma diversificada obra literária que inclui romance, poesia, biografia e ensaio. Além de uma presença regular, como colunista e como dirigente, em diversos de órgãos de comunicação social portugueses, brasileiros e angolanos, o autor também se dedicou à edição de livros, jornais e revistas nestes mesmos países. Defensor dos valores da cultura, da língua e da história de Portugal, Joaquim de Matos Pinheiro fez parte do Conselho das Comunidades Portuguesas quando este órgão foi criado e tem ocupado cargos de direcção em prestigiadas instituições cívicas e culturais, nacionais e internacionais. A problemática africana – sobretudo as questões históricas e sociais de Angola, na actualidade e no passado – tem sido uma constante na sua obra, e é dela que estes Poemas Vadios também recolhem inspiração.