Numa singular dimensão extratextual, Margarida Rosa Dias revela a capacidade de esfumar o concreto e de insinuar uma realidade paralela, deixando o leitor nas fissuras poéticas onde ancora os seus afetos e ressoam as suas inquietações. “Palavras São Filhos” é uma obra repleta de paradoxos e intencionalidades onde o enigmático impele o leitor a procurar indícios nas dissonâncias e nos contrastes, nos acordes e desacordes que transparecem nas entrelinhas de cada poesia.
Margarida Rosa Dias, 1960, Lisboa Formação académica/artística em Dança (Faculdade de Motricidade Humana, UTL; Fórum Dança, Lx) e Cinema (Real.Ficção, Lx); autora de projectos coreográficos em espaços convencionais e não convencionais; participou/colaborou em projectos coreográficos de outros autores em Portugal e outras cidades europeias (Madrid, Lausanne, Toulouse, Bucarest, Frankfurt), no Brasil (S. Paulo) e Estados Unidos da América (N.Y.). Leccionou Dança em diversas instituições de ensino, em vários municípios e foi responsável pela área da Dança e Cinema no projecto educativo do Centro Cultural de Cascais/Fundação D. Luís I (2001/2014). Neste momento, em co-autoria com Isabel Barbosa da Costa, implementa e desenvolve projectos de intervenção cultural e artística na comunidade onde a literatura tem lugar destacado e inicia o projecto CECAI – Centro de Experiências Culturais e Artísticas Integradoras no Alentejo Central.