Numa escrita límpida e impregnada de significado “Antes que o amanhã se vista de fogo”, são palavras que permitem mergulhar no registo melancólico e fragmentado do sentir poético de Cátia Cardoso, desassombrada flutuação entre afeto, êxtase e exaltação. A autora, percorrendo os mais íntimos e latejantes instantes da sua vida e os absurdos que emergem das incongruências do amor e da sociedade, partilha a força vital que encontra no esplendoroso pulsar da natureza a que sempre regressa.
A margem esquerda do Rio Paiva viu crescer Cátia Cardoso (26 de julho de 1997), numa aldeia pintada a xisto e que guarda as maiores trilobites do mundo. Aos 17 anos, quando ainda moldava a sua forma de pensar, escreveu Poesia Silenciosa (2014) e, aos 18 anos, apresentou a sua primeira obra em prosa, Linhas Delicadas (2016). É Mestre em Cinema (2020), pela Faculdade de Artes e Letras da Universidade da Beira Interior e Licenciada em Comunicação Social (2018), pela Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Coimbra. Fez rádio e escreve para a imprensa regional, desde 2016. O espírito de iniciativa e as suas convicções tornaram-na dirigente associativa, onde trabalha a cultura: a maior arma que conhece. Mora em São João da Madeira, entre chapéus e tulipas.