O argumento de “Até a cortiça que cresce tão lenta, se dá ao machado com bravura” acontece em terras do Ribatejo. Recordando a crueza da vida de mulheres e homens humildes e trabalhadores, retrata a resignação e passividade de uns e a consciência e irreverência de outros, na dura luta pelo sustento e por uma melhor situação social. Uma obra em que Georgina Caçador traz ao leitor várias histórias que se entrelaçam, conciliando com mestria o realismo e a objetividade narrativa com a amálgama dos sentimentos, emoções e pensamentos mais íntimos que povoam o tempo interior de personagens profundamente marcantes.
É natural de Coruche, no distrito de Santarém. Viveu nesta terra até aos vinte anos, onde concluiu o ensino secundário. Casou e foi para Lisboa, onde trabalhou em supermercados. A destruição do trabalho qualificado neste sector, e o recurso ao trabalho precário, fez com que abandonasse este caminho, definitivamente. Regressou a Coruche com o objetivo de criar os filhos num ambiente com qualidade de vida. Assentou residência em S. Torcato, aí residindo há vinte anos. O seu contacto com o ambiente e as maneiras de quem ali vive e trabalha, deram origem ao presente livro. Uma forma de honrar e descrever o que observou no tempo em que ali viveu. É associada da Literarte no Brasil e membro do Núcleo Académico de Artes e Letras de Portugal, NALAP. Através destas organizações, tem participado em várias Antologias com escritores de vários países da lusofonia. Embaixadora da paz, Prémio Evita Perón pelo Núcleo de Artes e Letras de Buenos Aires.