Porquê apagar a voz, a dor e a revolta de homens que foram retirados das suas famílias e mandados para a Guerra Colonial, pouco mais do que adolescentes? Para António Manuel Baptista (ex-furriel em Angola) é urgente romper o silêncio, reconhecer e agradecer a lealdade e o altruísmo dos que defenderam o seu país e, sobretudo, dar sentido à vida que a muitos foi brutalmente ceifada. “Os canhões de Nóqui” são recordações emocionadas e uma homenagem a todos os combatentes, ao seu incondicional amor pela Pátria, à sua extraordinária bravura nos campos de batalha, à sua firme determinação perante a adversidade e o terror.
Nasceu em 19 de Julho de 1943 na cidade de Macedo de Cavaleiros. Frequentou a Escola Comercial, Liceu e o Curso de Gestão de Empresas em Luanda. Integrou o Exército Português em 1963, frequentando a Escola de Sargentos de Tavira e Mafra. Em 1964 foi mobilizado como Furriel Miliciano, para as Guerras de Angola e Cabinda, onde permaneceu até fins de 1967.